Domingo, 16 de Novembro de 2025 - 01:42:53

Inflação desacelera para 0,26% em maio, com alívio nos alimentos e queda nas passagens aéreas

O resultado representa uma queda de 0,17 ponto percentual em relação à taxa de abril, que havia sido de 0,43%

Crédito da Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A inflação oficial do Brasil registrou desaceleração pelo terceiro mês consecutivo, atingindo 0,26% em maio, conforme dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado representa uma queda de 0,17 ponto percentual em relação à taxa de abril, que havia sido de 0,43%.

Com isso, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumula alta de 2,75% em 2025. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice recuou de 5,53% para 5,32%. Em comparação, a inflação de maio de 2024 havia sido de 0,46%.

Entre os nove grupos analisados, o maior impacto veio do grupo habitação, com alta de 1,19%. A energia elétrica residencial, pressionada pela bandeira tarifária amarela que adicionou R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos, subiu 3,62% e foi o subitem com maior peso individual no IPCA de maio.

Já o grupo alimentação e bebidas — o de maior peso na composição do índice — apresentou forte desaceleração, saindo de 0,82% em abril para 0,17% em maio. A alimentação no domicílio caiu de 0,83% para apenas 0,02%, influenciada pelas quedas nos preços do tomate (-13,52%), arroz (-4,00%), ovo de galinha (-3,98%) e frutas (-1,67%). Por outro lado, subiram os preços da batata-inglesa (10,34%), cebola (10,28%), café moído (4,59%) e carnes (0,97%).

A alimentação fora do domicílio avançou 0,58%, ante 0,8% no mês anterior. A refeição subiu de 0,48% para 0,64%, enquanto o lanche recuou de 1,38% para 0,51%.

No setor de saúde e cuidados pessoais, houve desaceleração de 1,18% para 0,54%. Destaques foram os produtos farmacêuticos (0,69%), influenciados pelo reajuste autorizado de até 5,09% nos medicamentos, e os planos de saúde, que subiram 0,57%.

O grupo vestuário registrou variação de 0,41%, puxada por altas na roupa feminina (0,84%), masculina (0,10%) e nos calçados e acessórios (0,10%).

Já o grupo transportes teve queda de 0,37%, impulsionado pela redução nas passagens aéreas (-11,31%) e na média dos combustíveis (-0,72%). Entre os combustíveis, todos registraram recuo:

Óleo diesel: -1,3%
Etanol: -0,91%
Gás veicular: -0,83%
Gasolina: -0,66%

Entre as regiões pesquisadas, Brasília apresentou a maior variação (0,82%), impulsionada pela alta da energia elétrica (9,43%) e da gasolina (2,6%). Já Rio Branco teve a menor variação, com inflação zero, devido à queda nos preços do ovo de galinha (-9,09%) e do arroz (-6,26%).

O levantamento considerou os preços coletados entre 1º e 29 de maio, em comparação com o período de 1º a 30 de abril.



Autor: Da Redação
Data: 10/06/2025