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Quase 20 anos após o desaparecimento de Madeleine McCann, o caso volta a ganhar destaque nas investigações conduzidas por autoridades portuguesas e alemãs. A menina britânica, que tinha três anos quando desapareceu em 2007 durante férias em Praia da Luz, Algarve, continua no centro de um dos mistérios criminais mais acompanhados do mundo.
Nesta última fase, a polícia portuguesa realizou escavações durante três dias na região de Atalaia, próxima à Barragem do Arade e a apenas 1,6 km do resort Ocean Club, onde Madeleine foi vista pela última vez. As buscas foram solicitadas pelo Ministério Público de Braunschweig, na Alemanha, que lidera o inquérito e aponta Christian Brueckner, atualmente preso por outros crimes, como principal suspeito do desaparecimento.
Apesar do intenso trabalho, as operações foram encerradas na quinta-feira (5) sem a descoberta de restos mortais ou novas evidências que possam avançar a investigação.
Novas técnicas e áreas inspecionadas
Os policiais focaram as buscas em cinco propriedades rurais e edifícios abandonados ligados ao suspeito, locais onde Brueckner teria acampado na época do sumiço da menina. Para isso, foram utilizados equipamentos tecnológicos avançados, como radares capazes de escanear o solo até 4,5 metros de profundidade. Também foi vistoriado um antigo chalé que tinha conexão com o suspeito.
Além disso, imagens de satélite datadas de junho de 2007 foram analisadas para identificar possíveis acampamentos ilegais na região. Uma das fotos mostrou uma tenda branca montada dentro de uma estrutura de pedra, local onde Brueckner costumava estar e que, na época, era frequentado por campistas estrangeiros que armavam acampamentos sem permissão.
“Naquele período, trailers e barracas podiam ser vistos por toda parte”, lembrou João Pedro, morador local na época, em entrevista ao jornal The Sun.
Suspeito sob forte pressão
Christian Brueckner, hoje com 48 anos, cumpre uma pena de sete anos por estupro cometido contra uma mulher de 72 anos, também na Praia da Luz, em 2005. A expectativa é que ele possa ser liberado já em setembro, o que tem acelerado as diligências policiais para tentar concluir as investigações antes de sua possível soltura.
“Este é um esforço final. As autoridades estão determinadas a fazer tudo que for possível antes da libertação de Brueckner. Eles entendem a importância do momento”, revelou uma fonte policial ao tabloide britânico.
Embora Brueckner não tenha sido formalmente acusado pelo desaparecimento de Madeleine, as autoridades alemãs o consideram o principal responsável, baseadas em evidências como registros de telefone que o colocam nas proximidades do resort na noite em que a menina sumiu.
As buscas continuam na tentativa de encontrar quaisquer vestígios, como roupas, objetos pessoais ou material genético que possam ajudar a esclarecer o caso. A possibilidade de localizar o pijama rosa usado por Madeleine naquela noite é remota, mas ainda não foi descartada.
Dezessete anos depois, o mistério permanece, e as investigações avançam com o objetivo de evitar que a linha principal de apuração perca força diante da iminente liberdade do principal suspeito.
Autor: Da Redação
Data: 07/06/2025