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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou seus apoiadores a acompanharem o depoimento que prestará ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na próxima semana. Durante um evento do PL Mulher, nesta sexta-feira (6), ele afirmou que “valerá a pena assistir” e garantiu que não fará “lacração”.
A fala ocorreu na abertura do Encontro Nacional de Mandatárias do PL Mulher, ala feminina do partido comandada pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Após o discurso, Bolsonaro deixou o local rumo ao aeroporto de Brasília, com destino a São Paulo, onde deve se reunir com advogados para alinhar sua estratégia de defesa.
“Tudo o que aconteceu em 2022 será abordado por mim, ao vivo, diante dos cinco ministros do Supremo. Estarei lá cobrando. Vale a pena assistir. Conto com a audiência de vocês. Não vou lá para lacrar ou desafiar ninguém”, declarou Bolsonaro no evento.
O depoimento faz parte das audiências marcadas por Moraes com os réus do chamado “primeiro núcleo” — um grupo de oito investigados acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de envolvimento em tentativa de golpe de Estado. Os interrogatórios terão início na segunda-feira (9) e devem se estender até o dia 13. Bolsonaro está entre os acusados e espera ser ouvido na terça ou quarta-feira. Ele é o sexto da lista.
Moraes já sinalizou que, caso necessário, o cronograma poderá ser ampliado para outros dias da semana. Enquanto isso, Bolsonaro permanecerá em São Paulo, onde segue se preparando para o depoimento.
“Agora sigo para São Paulo, onde me reunirei com advogados para nos prepararmos melhor para os desafios. Ninguém vai nos intimidar. É hora da verdade. E, no meu entendimento, ela virá à tona para o bem do nosso país”, concluiu Bolsonaro.
Além do ex-presidente, também fazem parte do grupo investigado o general Walter Braga Netto (ex-ministro), Augusto Heleno (ex-chefe do GSI), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro) e Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa).
Autor: Da Redação
Data: 07/06/2025